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domingo, 1 de julho de 2012

Só a Deus glória


Os dicionários definem a palavra glória como: beleza, esplendor, honra, exaltação, grandeza, fama. O pôr do sol é de uma beleza indescritível. Podemos chamar isto de glória. Receber nove medalhas olímpicas, das quais cinco são de ouro, e a nota máxima na ginástica olímpica, um feito inédito, deu à romena Nadia Comaneci em 1976 a glória de sair na capa da revista “Times” com os seguintes dizeres: “Ela é perfeita”. Porém, quando nos referimos à glória de Deus, o que ela significa?

Para muitos cristãos, significa que qualquer mérito a eles atribuído deve ser redirecionado a Deus. Foi para a glória de Deus – dizem. Embora seja um gesto correto, permanece como uma compreensão bastante limitada do que significa a glória de Deus. Podemos dizer que ela significa a majestade, grandeza e beleza de Deus. É verdade, mas de que forma um conceito tão eloqüente e majestoso pode ser compreendido de forma mais objetiva por nós?

A glória de Deus não é um conceito abstrato, tampouco podemos limitá-la a algo que ofertamos a Ele. Deus releva sua gloria na beleza, harmonia e exuberância da sua perfeita e boa criação. Salmos 19.:1.

“OS céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos”.

Na criação perfeita de Deus encontramos todos os seus atributos, como poder, justiça, misericórdia, bondade, sabedoria. O salmista, em outro salmo, afirma: Salmos 8: 3-5.

3 Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste;4 Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites?5 Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste.”

Homem e mulher criados à imagem e semelhança de Deus são a coroa da criação e expressam a glória dele.
Sabemos que toda a natureza realiza aquilo para o qual foi criada. As aves do céu, os animais do campo, as estrelas no firmamento cumprem o propósito da criação e declaram a glória de Deus. Porém, o ser humano não vive por instintos como o restante da criação. A ele foi dada a vontade e a razão. Contudo, preferiu dar as costas ao Criador, ao desobedecer seus mandamentos. A glória de Deus se desvanece quando seu povo já não anda segundo seus propósitos.

O princípio que determina toda a ação de Deus é que ele nos criou para sua glória. Isaías 43:7.

“A todos os que são chamados pelo meu nome e os que criei para a minha glória, os formei, e também os fiz”.

É por meio do seu povo que a terra se encherá do conhecimento e da glória de Deus. Por meio dele o louvor de Deus será proclamado. Isaías 43:21.

“A esse povo que formei para mim; o meu louvor relatarão”.

Como podemos nos alinhar a esse propósito divino? No Novo Testamento vemos a floria de Deus revelada em seu Filho unigênito. Hebreus 1:3.

“O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas”.

Jesus, pela sua obediência e pela oferta de sua vida na cruz do Calvário pode, agora, conduzir muitos filhos à glória. Hebreus 2:9-10.

9 Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.10 Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da salvação deles”.

Viver para a glória de Deus não se limita a dedicar uma música ou um acontecimento. A glória de Deus é o povo de Deus vivendo a nova criação e enchendo toda a terra com justiça, bondade, misericórdia e verdade de Deus.

Foi dado ao homem o livre arbítrio. Eclesiastes 11:9.

“Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo”.

O que essa regra traz é um convite ao equilíbrio. E tal é o convite da graça exatamente porque a graça nos convida a esse equilíbrio. Pelo sacrifício de Jesus somos livres. Mas lembremo-nos que a graça não é de graça. O sacrifício de Jesus jamais poderá ser pago por nada que façamos. A única forma que vejo de viver, depois de conhecer a graça, é o equilíbrio. É se alegrar plenamente em Jesus para que Ele seja mais glorificado. E é viver em obediência porque reconheço a importância do sacrifício de Jesus na cruz por mim, pelos meus pecados.

Obviamente que não é fácil encontrar esse equilíbrio. Demora até acharmos o centro gravitacional de algumas coisas. Mas é preciso. É a graça que nos capacita, não nossos próprios esforços. Isso não significa que devemos ficar inertes esperando o equilíbrio, mas saber, em nossa busca, que não somos nós que alcançamos o equilíbrio, mas Ele que nos ajuda a encontrá-lo.


Não esqueça sua parte: Levanta a bandeira! Libera o grito!

(adaptado)